Um
novo Papa, o mesmo caminho
Alguma
vez se perguntaram o que significa a palavra conclave? É verdade, ouvimos
conclave para aqui, conclave para ali... Mas qual é o seu verdadeiro
significado? A palavra Conclave tem origem no latim, cum clave, que significa com
chave. Sim, é verdade... Porém, para nós cristãos, a palavra Conclave serve
para caracterizar uma reunião onde os vários cardeais se encontram, em clausura
e incomunicáveis, para eleger o novo Papa. Depois da renúncia de Bento XVI, a
quem só temos de agradecer todo o trabalho realizado, todo o amor e toda a
sabedoria partilhada, foi altura de novo conclave. Sabem uma coisa? Hoje em
dia, é difícil renunciar. Ainda para mais quando temos poder para fazer e mudar
um mundo inteiro. Apesar de tudo, este é um gesto de Bento XVI que devemos
valorizar. Não existirão por aí muitos homens com a sua capacidade, com a sua
visão e com a sua humildade para renunciar a um cargo destes. Não é normal, porém,
ao ver algo ou alguém que podia fazer mais e melhor (e a qualidade é
discutível) pela Igreja que tanto ama, decidiu renunciar. Valorizemos o seu
gesto e aclamemos o novo Papa Francisco I.
Dizem
que o exemplo deve começar pelo líder. Diziam-nos há pouco tempo que nos
afastamos de Deus quando exigimos dos outros sem sermos exigentes connosco
próprios. Não podiam ter mais razão nessa afirmação. E quem parece concordar
com tal é Jorge Mario Bergoglio, perdão, o Papa Francisco. Quem o conhece
reconhece-lhe a capacidade, a entrega, o amor a Deus e aos outros, o carisma e
a forte e vincada personalidade. No próprio momento em que apareceu na varanda
central da Basílica de S. Pedro para ser anunciado o seu papado, Francisco
quebrou imediatamente uma série de convenções, anunciando que o tinham ido
buscar ao fim do mundo. Para além disso, pediu para que não o viessem ver na
inauguração do seu pontificado, que usassem esse dinheiro com os pobres.
Recusou o carro oficial para se deslocar e juntou-se aos seus cardeais no
autocarro que os transportava de volta à Casa Santa Marta. E lá por ser Papa,
não admite grandes mordomias! Quis pagar a conta da sua estadia, continua a
usar os mesmos sapatos pretos que trouxe de casa em vez dos habituais vermelhos
que estão destinados ao sumo pontífice e optou por continuar com a sua cruz de
metal, em detrimento da cruz de ouro e pedras preciosas que lhe era destinada.
O
seu nome, segundo o mesmo, foi aquele que imediatamente surgiu no seu coração.
O Papa Francisco, explica que o escolheu por causa de Francisco de Assis,
patrono dos pobres, e por ser um nome que transmite paz. "Uma Igreja pobre
para os pobres" é isso que o atual sumo pontífice procura transmitir. Uma
pessoa humilde que começa já a destacar-se pelo exemplo. Sigamos-lhe as pisadas
e procuremos compreender, como ele nos demonstra, que a figura central da
Igreja não é o papa, mas sim Jesus Cristo.
Dia Arciprestal do Adolescente
Foi no passado dia 9 de Março que diversos jovens
dos vários grupos de jovens do Arciprestado de Vagos se juntaram para dar
início a mais um dia arciprestal do adolescente. Para quem não sabe, este dia é
promovido pelos principais responsáveis arciprestais da paróquia de modo a
oferecer e promover momentos de introspeção, de confraternização, de partilha e
de descoberta, sempre com um cariz firme na Fé. Este ano, a atividade
denominou-se por Habemus Cristum e
realizou-se no Salão Paroquial de Santo André. Depois do acolhimento dos vários
jovens que decidiram abraçar o desafio, começámos o dia junto do nosso
orientador espiritual, Pe. Manuel Ribeiro, celebrando o Perdão e procurando
aperceber-nos dos nossos pecados e das nossas falhas. Depois de almoço, uma maratona
de temáticas e workshops preencheu
uma tarde que se previa bastante compensadora. Desde a descoberta do próprio eu
dentro da Igreja à importância da comunicação para sermos testemunhas e
evangelizadores, à possibilidade de ver esclarecidas as dúvidas que mais
atormentam os jovens dentro do seio da Igreja e à sucessão de S. Pedro, tudo
serviu de mote para que os jovens pudessem ter uma tarde esclarecedora e
impulsionadora de nova Fé.
Aqui ficam os testemunhos de dois jovens que viveram
em pleno este dia e decidiram partilhar as suas vivências:
"Começamos pela manha, para não perder tempo. Eram-nos
reservadas muitas atividades para o longo dia que íamos ter. Estas atividades
tinham como principal objetivo fazer-nos pensar e refletir sobre a nossa vida
Cristã, sobre os problemas que temos, dúvidas, vergonhas, receios, obstáculos
que nos impedem de prosseguir como um jovem crente. Nada melhor que estar num
grupo que partilha opiniões e exemplos da sua própria vida para o fim de nos
ajudarmos mutuamente a combater estes obstáculos que a sociedade nos criou, ou
que nós próprios criámos. E é sempre bom estar com pessoas que nos percebem,
pois não nos sentimos oprimidos e julgados pelo que dizemos ou pensamos, pois
ali desempenhamos todos um papel essencial, todos fazemos falta, todos nos
completamos, e todos se esforçam para trabalhar como um grupo unido, com
objetivos em comum, de modo a que se crie um ambiente de confiança e amizade
entre todos. Quase no fim, apresentamos uns aos outros o que tínhamos retido
naquele dia, para saber se tinha valido a pena o esforço dos Animadores e de
todo o pessoal encarregue de nos guiar. Como grande destaque ficou o testemunho
de vida da Irmã Marta que nos fez pensar que mesmo tendo a vida ligeiramente
organizada e planeada, com um futuro aceitável, é possível redirecioná-la e
mudá-la por completo, deixando tudo aquilo que estivemos a construir, para
seguir uma nova vida. Foi um dia bom, um dia que, se possível, é para
repetir." - João Oliveira, GJ de Calvão
"Para ser sincero eu fui para
o dia arciprestal a pensar que ia ser uma grande seca mas acabou por ser uma
das melhores experiencias da minha vida.
Foi tudo muito bom, desde a oração
da manhã até à eucaristia mas a minha parte favorita foi o testemunho da irmã
Marta, foi um tempo muito bem passado com momentos para rir e momentos para
ouvir e refletir.
Adorei este dia e espero que se
repita." - Bruno João, GJ
de Lombomeão
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