2013-04-15

Artigo Terras de Vagos Abril


Um novo Papa, o mesmo caminho
Alguma vez se perguntaram o que significa a palavra conclave? É verdade, ouvimos conclave para aqui, conclave para ali... Mas qual é o seu verdadeiro significado? A palavra Conclave tem origem no latim, cum clave, que significa com chave. Sim, é verdade... Porém, para nós cristãos, a palavra Conclave serve para caracterizar uma reunião onde os vários cardeais se encontram, em clausura e incomunicáveis, para eleger o novo Papa. Depois da renúncia de Bento XVI, a quem só temos de agradecer todo o trabalho realizado, todo o amor e toda a sabedoria partilhada, foi altura de novo conclave. Sabem uma coisa? Hoje em dia, é difícil renunciar. Ainda para mais quando temos poder para fazer e mudar um mundo inteiro. Apesar de tudo, este é um gesto de Bento XVI que devemos valorizar. Não existirão por aí muitos homens com a sua capacidade, com a sua visão e com a sua humildade para renunciar a um cargo destes. Não é normal, porém, ao ver algo ou alguém que podia fazer mais e melhor (e a qualidade é discutível) pela Igreja que tanto ama, decidiu renunciar. Valorizemos o seu gesto e aclamemos o novo Papa Francisco I.


Dizem que o exemplo deve começar pelo líder. Diziam-nos há pouco tempo que nos afastamos de Deus quando exigimos dos outros sem sermos exigentes connosco próprios. Não podiam ter mais razão nessa afirmação. E quem parece concordar com tal é Jorge Mario Bergoglio, perdão, o Papa Francisco. Quem o conhece reconhece-lhe a capacidade, a entrega, o amor a Deus e aos outros, o carisma e a forte e vincada personalidade. No próprio momento em que apareceu na varanda central da Basílica de S. Pedro para ser anunciado o seu papado, Francisco quebrou imediatamente uma série de convenções, anunciando que o tinham ido buscar ao fim do mundo. Para além disso, pediu para que não o viessem ver na inauguração do seu pontificado, que usassem esse dinheiro com os pobres. Recusou o carro oficial para se deslocar e juntou-se aos seus cardeais no autocarro que os transportava de volta à Casa Santa Marta. E lá por ser Papa, não admite grandes mordomias! Quis pagar a conta da sua estadia, continua a usar os mesmos sapatos pretos que trouxe de casa em vez dos habituais vermelhos que estão destinados ao sumo pontífice e optou por continuar com a sua cruz de metal, em detrimento da cruz de ouro e pedras preciosas que lhe era destinada.
O seu nome, segundo o mesmo, foi aquele que imediatamente surgiu no seu coração. O Papa Francisco, explica que o escolheu por causa de Francisco de Assis, patrono dos pobres, e por ser um nome que transmite paz. "Uma Igreja pobre para os pobres" é isso que o atual sumo pontífice procura transmitir. Uma pessoa humilde que começa já a destacar-se pelo exemplo. Sigamos-lhe as pisadas e procuremos compreender, como ele nos demonstra, que a figura central da Igreja não é o papa, mas sim Jesus Cristo.

Dia Arciprestal do Adolescente

Foi no passado dia 9 de Março que diversos jovens dos vários grupos de jovens do Arciprestado de Vagos se juntaram para dar início a mais um dia arciprestal do adolescente. Para quem não sabe, este dia é promovido pelos principais responsáveis arciprestais da paróquia de modo a oferecer e promover momentos de introspeção, de confraternização, de partilha e de descoberta, sempre com um cariz firme na Fé. Este ano, a atividade denominou-se por Habemus Cristum e realizou-se no Salão Paroquial de Santo André. Depois do acolhimento dos vários jovens que decidiram abraçar o desafio, começámos o dia junto do nosso orientador espiritual, Pe. Manuel Ribeiro, celebrando o Perdão e procurando aperceber-nos dos nossos pecados e das nossas falhas. Depois de almoço, uma maratona de temáticas e workshops preencheu uma tarde que se previa bastante compensadora. Desde a descoberta do próprio eu dentro da Igreja à importância da comunicação para sermos testemunhas e evangelizadores, à possibilidade de ver esclarecidas as dúvidas que mais atormentam os jovens dentro do seio da Igreja e à sucessão de S. Pedro, tudo serviu de mote para que os jovens pudessem ter uma tarde esclarecedora e impulsionadora de nova Fé.
Aqui ficam os testemunhos de dois jovens que viveram em pleno este dia e decidiram partilhar as suas vivências:

"Começamos pela manha, para não perder tempo. Eram-nos reservadas muitas atividades para o longo dia que íamos ter. Estas atividades tinham como principal objetivo fazer-nos pensar e refletir sobre a nossa vida Cristã, sobre os problemas que temos, dúvidas, vergonhas, receios, obstáculos que nos impedem de prosseguir como um jovem crente. Nada melhor que estar num grupo que partilha opiniões e exemplos da sua própria vida para o fim de nos ajudarmos mutuamente a combater estes obstáculos que a sociedade nos criou, ou que nós próprios criámos. E é sempre bom estar com pessoas que nos percebem, pois não nos sentimos oprimidos e julgados pelo que dizemos ou pensamos, pois ali desempenhamos todos um papel essencial, todos fazemos falta, todos nos completamos, e todos se esforçam para trabalhar como um grupo unido, com objetivos em comum, de modo a que se crie um ambiente de confiança e amizade entre todos. Quase no fim, apresentamos uns aos outros o que tínhamos retido naquele dia, para saber se tinha valido a pena o esforço dos Animadores e de todo o pessoal encarregue de nos guiar. Como grande destaque ficou o testemunho de vida da Irmã Marta que nos fez pensar que mesmo tendo a vida ligeiramente organizada e planeada, com um futuro aceitável, é possível redirecioná-la e mudá-la por completo, deixando tudo aquilo que estivemos a construir, para seguir uma nova vida. Foi um dia bom, um dia que, se possível, é para repetir." - João Oliveira, GJ de Calvão

"Para ser sincero eu fui para o dia arciprestal a pensar que ia ser uma grande seca mas acabou por ser uma das melhores experiencias da minha vida.
Foi tudo muito bom, desde a oração da manhã até à eucaristia mas a minha parte favorita foi o testemunho da irmã Marta, foi um tempo muito bem passado com momentos para rir e momentos para ouvir e refletir.
Adorei este dia e espero que se repita." - Bruno João, GJ de Lombomeão


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